Doces

Miminhos de castanha

Os castanheiros são nativos das regiões de temperatura amena do hemisfério norte do globo terrestre. Duram até aos 500 anos, e apenas dão fruto quando atingem os 40 anos. Estas árvores dão-se bem em terrenos ácidos, como os formados por granito e xisto, e não se desenvolvem bem em solo alcalino. As castanhas estão contidas num ouriço espinhoso, com cerca de 5 a 11 cm de diâmetro, que contém entre uma a sete castanhas.
As castanhas têm uma relevância inquestionável na gastronomia Europeia, particularmente, nos países do sul, (onde se inclui Portugal, claro); na Ásia, e também na zona este da América do Norte.


A castanha foi, provavelmente, um dos primeiros alimentos a serem consumidos pelo Homem, uma vez que há indícios do seu uso já na pré-história. Espalharam-se por toda a Europa a partir da Grécia. Durante a Idade Média, as pessoas tinham um acesso bastante limitado à farinha de trigo, e, então, as castanhas eram a sua principal fonte de hidratos de carbono. As castanhas, tradicionalmente, eram dadas aos pobres, e representavam a abundância e o alimento, daí serem o símbolo da festa de S. Martinho, e também da festa de S. Simão, na Toscânia.
As castanhas contêm o dobro do amido das batatas e, por isso, não surpreende que sejam um importante alimento na China, no Japão e na Europa do Sul, onde frequentemente são transformadas em farinha, a partir da qual se faz pão e massas, tanto que o castanheiro é conhecido por “árvore do pão”.

Não se devem comer castanhas cruas devido aos seus elevados índices de ácido tânico. Assim, devem ser cozinhadas de forma a evitar desconforto digestivo. Também, não devem ser comidas com casca. Quando cruas, torna-se virtualmente impossível descascá-las, embora o possas fazer com uma boa dose de paciência e cuidado! É bastante mais fácil retirar-lhes a casca quando cozinhadas. As castanhas podem ser cozidas, usadas em sopas, para acompanhar seitan
assado, em puré, para preparar bebida de castanhas usando máquina
de leite de soja, assadas e até cristalizadas – estas últimas muito apreciadas em França onde são conhecidas como marrons glacés. Em muitas receitas, podem substituir as batatas e, inclusivamente, a massa. Combinam particularmente bem com batata-doce, cenoura, cogumelos, couves-de-bruxelas, e couve. São excelentes quer para pratos doces como salgados.
A cozinha italiana, nos últimos tempos, tem feito um esforço para voltar a usar a castanha, tal como no passado, seguindo a moda de redescobrir os pratos tradicionais.

Para que as castanhas se conservem ao longo do Inverno, estas devem ser perfeitamente secas, a partir do momento em que deixam o ouriço; depois é colocá-las numa caixa ou recipiente coberto com areia fina e seca, numa proporção de 3 partes de areia para uma de castanhas. Na eventualidade de alguma castanha ter “bicho” (larvas de insectos), estes irão emergir à superfície da areia em busca de ar, e assim evita-se que se contaminem as outras castanhas.
As que pretenderes plantar na primavera, precisam de ser mantidas em areia húmida e expostas ao frio no Inverno.

Referências:
http://www.bellybytes.com/bytes/chestnuts.shtml
http://www.mangiabenepasta.com/chestnuts.html
http://homecooking.about.com/library/weekly/aa120400c.htm
http://fantes.com/chestnuts.htm

Copyright
Centro Vegetariano. Reprodução permitida desde que indicando o
endereço:
http://www.centrovegetariano.org/Article-415-As+Castanhas.html

 

 

 

Ingredientes:

  • 400g de açúcar
  • 200 ml de água
  • 75g de castanha pilada (moída em farinha)
  • 25g de amêndoa (ralada)
  • 1 colher de sopa de pão ralado
  • Raspa de 1 limão
  • 3 ovos
  • 4 gemas

Preparação:

Pré-aqueça o forno a 200ºC.

Num recipiente de vidro, junte a farinha de castanha,a amêndoa, a raspa de limão e o pão ralado. Misture tudo e reserve.

Leve ao lume um tacho com a água e o açúcar para fazer uma calda transparente (ponto de fio).

Assim que atingir o ponto desejado, retire imediatamente do lume. Aos poucos, e mexendo sempre, junte a calda de açúcar aos ingredientes secos. Deixe arrefecer um pouco.

Junte os ovos um a um, mexendo entre cada adição. De seguida, junte as gemas e misture tudo muito bem.

Unte pequenas formas com manteiga, polvilhe-as com açúcar e encha-as com o creme que preparou.

Coloque as formas num tabuleiro (com o fundo coberto de água fria) e leve a cozer em banho-maria, durante 20 minutos.

Depois de cozidas, desenforme e deixe arrefecer.

14 Comments

  1. Eu adoro castanhas cruas 😛 Claro que não como mais que uma ou duas, até porque descascar dá imenso trabalho, mas são tão boas!
    Esses 'miminhos' estão lindos e com muito bom aspeto 😉

    1. Bom dia Olivia

      Obg. pela resposta. Só mais uma questão:
      Para a receita, utiliza-se a farinha de castanha, por ex. a que encontramos no Celeiro "Farinha de Castanha"?
      Ana Sousa

    2. Olá Ana.

      Eu triturei castanha pilada, que ficou com uma moagem idêntica à da "farinha de castanha" que refere. Creio que o resultado final será idêntico.

      Obrigada e continuação de boa semana!
      Olivia

    3. Boa noite Olívia. Testei a receita e é realmente maravilhosa! Gostaria de perguntar se alterarmos as pequenas formas por uma do tipo redonda sem furo, teremos o mesmo resultado? Ou haverá problemas com o desenformar? Muito obrigada e peço desculpa por esta insistência mas de facto fico mais segura compartilhando com alguém experiente. Obrigada. Ana

  2. Bom dia
    Pode informar me se os miminhos podem ser colocados em formas de papel dentro das forminhas?
    Como não sei qual é a textura, tenho receio que o papel possa não descolar.
    Obrigada
    Maria de Jesus

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *