O que procurar no Verão: a silva
O género Rubus é constituído por espécies vulgarmente
conhecidas como silvas. Em Portugal são onze as espécies nativas deste
género da família Rosaceae. Uma das espécies mais abundantes, presente em todo o território é a Rubus ulmifolius, vulgarmente conhecida como amoras-silvestres (não confundir com a amoreira), silva, silva-brava ou silvado-bravo.
Fruto silvestre, medicinal
O fruto da silva é doce e delicioso. É um fruto silvestre com
propriedades nutricionais discretas, com uma presença marcante de
vitaminas A, B (ácido fólico), C e K, fibra alimentar, minerais (ferro,
manganês, etc.).
A amora-silvestre é um fruto doce e “picante” da floresta. Pode ser
comida no momento da colheita, mas é quase impossível escapar a uns
arranhões e picadelas.
Como diz o ditado “… tudo tem um preço e ninguém dá nada a ninguém, nem mesmo as silvas!”.
O fruto da silva não se presta a longos períodos de armazenamento mas
pode ser utilizado na preparação de compotas, sobremesas, iogurtes,
gelados e geleia e até em sumos, xaropes, vinhos, aguardentes e
licores.
Além do interesse na culinária, a silva é muito usada na medicina
popular. De entre as propriedades medicinais da silva, destacam-se a
propriedade diurética, tónica, anti-hemorrágica, adstringente,
anti-diabética, antiescorbútica e também a sua utilização no tratamento
de distúrbios do sistema digestivo.
Informação: wilder.pt
Triplo de frutos vermelhos e panna cotta
Ingredientes
- 4 colheres (sopa) de doce de amoras silvestres
- 1 saqueta de gelatina de amora (ou morango/framboesa)
- 500 ml de água
Panna cotta:
- 500 ml de natas
- 1 vagem de baunilha
- 2 folhas de gelatina
- 1 colher (sopa) de rum branco
- 250g de morangos
- 3 colheres (sopa) de açúcar
- 1 colher (sopa) de vinagre balsâmico
Preparação:
Gelatina de amora:
Coloque copos/taças em algo que os mantenha inclinados (usei uma caixa de ovos).
Deite neles gelatina, até quase alcançar a borda do copo e leve ao frigorífico para solidificar.
Ferva durante 10 minutos as natas com o açúcar e a vagem de baunilha cortada a todo o comprimento. Junte a gelatina previamente demolhada e mexa. Junte o rum e retire a vagem de baunilha (pode guardá-la para aromatizar açúcar ou rum, que usará noutras receitas).
Deixe arrefecer e verta nos copos (em pé) onde já solidificou a gelatina. Leve ao frigorífico, novamente, para solidificar a panna cotta.
Coloque os morangos numa taça e adicione o açúcar e o vinagre balsâmico. Misture tudo e deixe macerar até o açúcar se derreter e formar um xarope – demora cerca de 30 minutos.
Distribua os morangos pelos copos/taças e leve ao frigorífico ou sirva de imediato.