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Sopa dourada do Convento de Santa Clara

 

 

 

OS PONTOS DO AÇÚCAR

 
Derreta o açúcar em metade do seu peso em água.
Ponto de pasta
Deixe
ferver a calda de açúcar uns instantes e depois mergulhe a escumadeira, que deverá apresentar uma camada pouco espessa, e que deve
acompanhar os movimentos que se fizerem. 
No pesa xaropes, 28º (101º C).
 
Ponto de cabelo
Molhe o indicador e o polegar na calda, abra e feche os dedos, para que se formem uns pequenos fios que depois se devem quebrar.
No pesa xaropes, 32º (105º C).

Ponto de pérola
Proceda da mesma forma como fez no ponto de cabelo. O fio deverá apresentar-se mais espesso e deixar uma gota na extremidade.
No pesa xarope, 36 (115º C).
Ponto de espadana
Mergulhe a escumadeira na calda e deixe que se formem lâminas, quando a retirar.
No pesa xaropes, 39º (117º C).
Ponto de rebuçado
Deite
um pouco de calda num copo com água fria. No fundo do copo deve
formar-se um monte duro e quebradiço. Também pode mergulhar os dedos na
calda e retirar. Deixe arrefecer um pouco e tente enrolar e trabalhar a
calda como se fosse massa.
No pesa xaropes, 40° (120º C).
Ponto de areia
Quando a calda depois de ferver começa a secar e a depositar-se nas paredes do tacho, está atingido o ponto de areia.
 

 

 

Convento de Santa Clara

 
Fundado por D. Vasco Perdigão, bispo de Évora, em 1452, este convento
tinha muitos bens imóveis, prédios e herdades, assim como numerosos
foros, que foram cedidos pelo convento de S. Francisco.

O
mosteiro foi muito danificado em duas ocasiões distintas: durante o
cerco de 1663, pelo exército castelhano de D. João de Áustria, e na
manhã do 1° de Novembro,
de 755, durante o terramoto. 
Neste convento, hospedou-se durante algum
tempo, a princesa D. Joana, a Excelente Senhora, indigitada noiva de D.
Afonso V, de quem Sabugosa dizia, “nem noividada,
nem rainha, nem monja”. Este convento, foi a última casa monástica que
encerrou em Évora, em 9 de Maio de 1903, por morte de soror Maria
Ludovina do Carmo.
 
 

Receitas do Convento de Santa Clara

 
Sopa dourada do Convento de Santa Clara

Leve um quilo de açúcar a ponto de espadana e deite-lhe uma casca de laranja. Corte 300 gr. de pão de ló, em fatias muito finas, e mergulhe-as na calda de açúcar. Retire-as, e ponha-as num prato, ou numa travessa. Deite agora no açúcar, que está ao lume, 200 gr. de amêndoa ralada, e 300 gr. de doce de chila. Mexa bem. Bata 18 gemas de ovos numa tijela grande, e deite depois aos poucos, a calda de açúcar, com a amêndoa e a chila. Vá mexendo sempre, para não coalhar. Quando começar a fazer pasta homogénea, regue por cima das fatias de pão de ló, cobrindo-as completamente. Polvilhe com canela.
 
in “Doçaria Conventual do Alentejo” as receitas e o seu enquadramento histórico – Saramago, Alfredo

 

 

 

Sopa Dourada – como a fiz

Ingredientes:

  • 1/4 de pão de ló (ou q.b.)
  • 400g açúcar
  • 200ml água
  • 1 raspa de limão
  • 1 raspa de laranja
  • 1 pau de canela
  • 12 gemas
  • 100g de amêndoa laminada
  • 100g de chila
  • canela em pó (para decorar)


Preparação:

Fatie o pão de ló e coloque as fatias num prato fundo ou travessa. Reserve.

Leve ao lume uma caçarola com o açúcar, água, pau de canela, raspa de limão e laranja. Deixe levantar fervura e retire do calor.

Deite algumas colheres de calda de açúcar em cima das fatias para as amolecer.
Leve a restante calda de novo ao lume e faça um ponto de pérola fraco.

Verta um pouco da calda de açúcar, em fio, em cima das gemas, mexendo sempre. Misture as gemas na calda e mexa.
Adicione a chila, a amêndoa e leve de novo ao fogão, em lume médio. Mexa sempre até ferver e engrossar.

Deite o creme de ovo em cima das fatias de pão de ló. Deixe arrefecer e polvilhe com canela em pó. 

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